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Entrevista: Marcus Dotta fala um pouco sobre seus trabalhos e trajetória,confira:



 Marcus Dotta,de São José dos Campos-SP. Atualmente  baterista da banda solo do vocalista americano Warrel Dane (Nevermore/Sanctuary), mas toca e já tocou em diversas bandas nacionais como Seventh Seal, Skin Culture, Hatematter, dentre outras. Tem dois projetos em andamento além da banda solo do Warrel, chamados Soulhost e O.S.P. Lançará material dos dois muito em breve!


Foto:Renan Facciolo
FMBR:Por que escolher a música?Por que ser baterista?


M.Dotta:A música veio relativamente tarde pra mim. Comecei a tocar bateria com 15 anos (hoje tenho 31). Antes disso eu era (e ainda sou) apaixonado por aviação militar e gostaria de ter sido piloto, mas ao mesmo tempo, como qualquer baterista nato, eu sempre batuquei em tudo tentando acompanhar qualquer música que eu ouvia. Quando comecei a ter contato com rock e metal com meus 13, 14 anos, ficou muito claro qual seria meu caminho.

 

FMBR:Quais são as suas influências?Qual sua banda ou álbum preferido?

M.Dotta:Minha principal influência como baterista foi o batera que passou pelo Helloween nos anos 90 chamado Uli Kusch. Ele gravou o Better than Raw com eles, disco que mais ouvi na minha vida provavelmente. Atualmente
existem vários bateras inspiradores que eu adiciono também ao meu modo de tocar como o Chris Adler (Lamb of God), Tomas Haake (Meshuggah), o próprio Aquiles Priester, com quem já trabalhei por um tempo.


FMBR:Atualmente você se sente realizado(a) ou ainda tem objetivos a serem conquistados?


M.Dotta:Acho que 100% realizado um músico nunca está, mas consegui fazer coisas que nunca imaginaria que faria 10 anos atrás. Principalmente com o Warrel Dane. Nevermore é uma das minhas bandas favoritas de longe. Poder tocar as músicas que eu ouvi tanto quando era mais jovem com o próprio Warrel, aqui no Brasil e em outros países, ainda é algo surreal pra mim. Em 2006 minha banda na época abriu um show do Nevermore no Brasil, e tocar com o Warrel hoje é uma realização e tanto. Mas ainda temos muito pela frente!


FMBR:Qual o seu maior objetivo hoje?

Foto:Divulgação
M.Dotta:Atualmente é gravar o novo disco solo do Warrel que estamos produzindo com ele e tocar no máximo de países possível durante e depois do lançamento do disco. Temos bastante coisa sendo agendada pra esse ano e ano quem vem também!


FMBR:O que te motiva?


M.Dotta:Continuar vivendo de música, progredindo no que faço. Conseguir fazer isso no Brasil já é um privilégio. Então, me mantenho motivado por ser um privilegiado de viver do que gosto.


FMBR:O que você acha da cena do rock/metal no Brasil hoje?


M.Dotta:Acho que ainda existe muito amadorismo, apesar de que as bandas estão cada vez com uma postura mais profissional. Mas acho que elas não são profissionais de fato, no sentido da palavra, pois aqui no existe mercado para a grande maioria das bandas. Não existe dinheiro girando, circuito de tours para as bandas nacionais, gravadoras e tudo que faz girar o mercado do metal, principalmente na Europa. Por lá a música pesada não é mainstream, mas existe público consumidor. Aqui, além de não sermos mainstream, tudo é ainda mais marginalizado devido a cultura musical do nosso país, falta de educação musical das crianças, instrumentos musicais caríssimos, logística precária, enfim, as bandas lutam para se manterem apenas tocando, sem se profissionalizar de fato.


FMBR:Se tivesse a oportunidade de tocar em uma banda ou trabalhar com alguém, quem seria?


M.Dotta:Gostaria muito de ter o próprio Uli Kusch como produtor de algo que eu fizesse no futuro. Eu sei que ele já fez esse tipo de trabalho.


FMBR:A Força Metal BR agradece a disposição, confiança e tempo gasto gentilmente para responder a nossa entrevista e deseja  muito sucesso !Deixamos o espaço livre caso queira dizer algo!


M.Dotta:Muito obrigado Laíse pelo espaço e apoio de sempre! Apoiem quem tenta fazer música séria nesse país! Nos vemos na estrada!(nessa.)

Por: Laíse Moreira S.

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